" Vista-se com sua mais bela roupa , aquela velha e suja que exprime todo sentimento contido em você , aquela que sabe seus medos , desejos e anseios , a roupa de sua alma , fria e caudalósa , velha roupa que não se usa mais..."

quarta-feira, 31 de março de 2010

Amor Eterno

O vento veio soprando serenamente naquela manhã, éra madrugada, abri meus olhos espantado, meu corpo trêmulo fazia eu ficar deitado, mas meu coração pulava pelo peito, o sol nem nascerá ainda, a incerteza de uma jornada fria, a cidade ainda nem acordára, meus olhos me revelavam o dia da calmaria, ou o dia da minha derróta, o medo me faz viver, viver em você, mas naquela manhã fria , você não chegou, olhei no horizonte, imaginei você chegando, mas sómente o vento vinha ferir meu rosto.

A tarde chega, com ela o vento ainda está, e com o vento a chuva vem fazer companhia, minha cabeça está longe, meus pensamentos mais longe ainda, pessoas passam, mas a agulha fére meu peito, a incerteza tem nome, a préce é lançada ao céu, o coração bate descompassadamente, notícias eu tenho, o vento e a chuva lhe trouxerão, em uma tarde chuvosa todo o passado veio a minha porta bater, toda incerteza triste, mas, toda a esperânça de um ser, que até ali se arrastára pela vida.

O coração bate, no pelo vidro molhado vejo a silhueta dos meus anceios, que se toma forma ao chegar mais perto, nesse momento a chuva da uma trégua, acho que éla para para ouvir os diálogos, até o vento para de soar seu canto, curiosos para ouvir meu pranto. Em seu rosto pálido e marcado vejo minha respiração ofegar, calma!, isso é tudo que peço, mas isso é pedir demais, minha calma foi tirada há tanto tempo, que ali me sinto imúne, coração em pedaços, dois corações em pedaços, culpa de um destino.

Destino esse que volta a nos unir, e que em um copo de bebida, e atrás de um sorriso amarelo vou tentando me esconder, sorrio, levo o copo até a boca e o mais rápido possível tomo , para que em meu sangue o allcool termine, e me dê forças para um abraço seu resgatar, te abraço, sinto seu cheiro, é como anestesiar a alma, o corpo adormece, as dores se acalman, sinto seu coração junto ao meu, aperto seu corpo, sempre como se fosse a ultima vez, abraço, mais uma vez abraço, meus braços em volta de sua cintura ,minhas mãos juntas as suas, hoje minha saudade foi vencida, você estava comigo.

Pegamos a estrada, passamos horas juntos, meu Deus, a endorfina liberada por meu cérebro é tanta , que não vejo as horas passarem, não caio na real, a noite chega, com ela , o vento volta, a chuva,, essa cai aos poucos, o sorriso agora da lugar para a incerteza, novamente , a expressão dos nossos rostos mudão, minhas lágrimas caem, força!, não consigo aguentar, eu que achava que ja tinha chorado tudo , me engano mais uma vez, as lágrimas não acabam tã fácil assim. Ainda está tudo tão nublado, não sei o que esperar, não sei mais a que me segurar, fora tudo um sonho, algumas horas para minha alma acalmar, e no fim pior éla deixar?.

Doces são suas palavras, cuidado com o que escrevemos, ou falamos, palvras e frases tem poder, tudo me deixa tão atordoado, quem nem sequer uma palvra em compreendo, mas de vagar venho a entender, meu amor por você é recíproco, nem o tempo, nem a chuva, nem o vento podem apagar, nada, nem ninguém pode apagar, te amo, isso você pode se assegurar. Te amo por toda vida, eterno em amor , amor em eternidade, te amo minha menina, o vento vai lhe contar.

O vento lhe trouxe, agora o vento te leva novamente, fico na solidão, na incerteza do olhar, mas na esperança do seu amar, comigo fica a estrada, comigo ficam as lembranças, e comigo fica a vontade, de estar mais uma vez com você, meus lábios nos seus lábios, meus braços em seus abraços. Em mim ficou seu cheiro, sua péle , vestígios do meu amor, com você ficarão minhas lágrimas, minhas palavras e meu sentimento, mas o vento ainda sópra , e o destino ainda nos ajudará, porque palavras , letras , o vento nos unirá.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Sagrado Coração

Escrevi a sangue nossa frase em min , para que corresses em minhas veias, e foi por ti que sangrei, como sangraria agora e outra vez,apenas por ti e para ti.nas letras tortas cravadas em minha pele, estão as brasas que ardem em minha alma, a tinta usada hoje tem vida própria, corre pelo meu corpo e em meu coração faz sua rede.

Marquei a sangue meu destino, em um lugar que sempre vejo, pois ali está o rumo de minha vida,ainda que nebuloso, está ali o mapa a seguir, a rosa dos ventos, um coração ao lado do coração.corações esses que se misturam, batendo forte e sereno, na calada de uma noite chuvosa, na madrugada fria de uma noite sem você.

O fogo que nele arde, chama intensa, que no findar de meus dias fúteis arderá incansávelmente, fogo que ao meu corpo se apossou , coração que no meu corpo se firmou, frase que eterna se tornou. Nele me agarro, nele estão as esperânças, nas letras estão meu sofrer e minha sína, ai estão sempre as cínzas de minhas horas, cínzas do fogo que por seu coração clama, horas que nunca se acabam.

Em teu corpo está o reflexo, em seu corpo estão as mesmas frases, seus corações a sangue gravados,em um coração as palavras, no outro minha incerteza, um bate, o outro grita em silêncio.Marcas pra vida toda, vida para muitas marcas, às cinzas, um dia à retornar, ao pó se juntar,frente à frente , coração com coração, eternos sempre serão.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Vício

Seu amor é um vício, difícil de evitar, te quero demais pra deixar de te amar,
em nosso quarto só achei a solidão, me faz falta seu sorrizo, nossas roupas pelo chão.

Seu coração me prometeu, amar pra sempre e jamais dizer adeus,
olhe bem no fundo dos olhos meus, verá que seu amor, sou eu.

Sinto falta dos seus beijos, você me faz sonhar , no infinito das estrelas procuro seu olhar,
foram tantos bons momentos que guardei dentro de min , segredos, sentimentos e esse amor sem fim.

Se eu te magoei foi sem querer, te amei demais.
Pra ter de volta seu amor a minha vida eu dou

segunda-feira, 15 de março de 2010

Velha Saudade

A velha de mãos frias que me toca o peito, faz meu coração explodir e bater disparadamente , como uma carroagem desenfreada , velhas mãos , frias e sombrias que me atormentão a muito tempo, hoje você veio vestida de preto, cabelos ao vento, disfarçando como sempre, chegou e me tomou em seus braços, um beijo amargo me deu. Logo vi que você trazia bagagem e que ficaria.

Sua estadia é longa, preparei seu quarto e sua morada, abri meu corpo como sempre e você entrou, sinto você , fria e cauculista, e as vezes quente e fervendo, você sempre traz grandes malas, sonhos e desejos, desperdicios em um simples beijo. Eu sento no seu colo, você me tem em seus braços, aquele carinho leve que me faz nas sobrancelhas me ipnotiza, mais uma vez estou à merce de seu veneno.

Hoje acordei com você, faz tempo que me rodeias, me deixa fraco e me suga a vida, o copo de solidão que me faz tomar sempre é amargo, mesmo que seja adoçado com o mais puro mel, sempre será distante, sempre será triste, mesmo que suas carícias sejam boas, suas unhas são afiadas e cortam minha pele, marcam minha vida, seus cabelos me afogam, você me consome.

Fujo, busco a salvação , pego a estrada e corro o mais rápido que posso, você vai se distânciando de min, e eu chegando perto da minha cura, aquela que me acalma e me faz continuar, hoje falei com você, as coisas ficaram mais claras, a infantilidade me saiu, a velha fria me tocou mais uma vez, mas a estrada é longa e quente, logo o coração se despedaça em mil pedaços, mas dessa vez vai dar pra montar novamente. Você estará lá, pronta para me salvar para depois mais uma vez, a velha voltar e em min por algum tempo morar.

domingo, 14 de março de 2010

Quarto 15

A porta ia se abrindo , e o interior ia se mostrando , a cama , os comodos,o criado mudo ali , sem nenhuma atitude , parado perplexo como tudo imóvel naquele lugar.Apenas no ar a lembrança do que passou , o sorriso estampado na cara , o cansaço acalentado no colchão , as ropas jogadas no chão sem cuidado algum , apenas o sentimento de desejo,carinho e solidão.

Deito naquela cama fria, a que um dia foi repleta e quente, nossos corpos à ocuparam, sem importar-sem com a cicatriz que iria nos causar, apenas a união, o corpo, o suor. Mas hoje surdo e mudo, frio e terrível sofrer, você não está presente, será que virá ? O telefone inútil, posto em cima da comoda parece me atrair, olho sem cansar, ouço !, mas nada se movimenta, nada! nem uma campainha, nem um bater na porta. Apenas o quarto vazio e frio.

Os sapatos que estavam ali unidos, levaram um tempo para se uniren novamente, couro e plástico que parecem se amar, apesar da diferença a cor é quase a mesma, o sentimento é o mesmo, passado e futuro agora não são tão desiguais, um precisa do outro, laços e fitas ? lembra-se ? linda fita de setin , vermelha como sangue , o sangue quente que nos deu força para amar, o mesmo sangue que ferveu e nos fez brigar,diferença e igualdade, mas que no final dará certo pois optamos por ousar.

Malas prontas, um cigarro mentolado no canto da boca e no peito a dor da saudade,o criado mudo quase chora ao me ver partir, a cama bagunçada acompanha minha dor, a luz que deixo acesa propositalmente ilumina meus passos, hoje é dia 08, dia de lembranças, hora de partir.Ao fim a maçaneta fria me coloca para fora da nostalgia, o quarto chora a partida,o barulho da porta se fechando, o quarto desaparecendo de minha vista, na madeira antigada porta um prego segura dois numeros a me marcar. Quarto 15 até a vista, se eu voltar!.

A Curva

A Curva

O tempo passa incólume por meus dedos , como uma brisa leve de verão, ou um sopro frio de inverno,do cigarro que acabei de fumar , somente as cinzas me sobraram , sem valor algum elas evaporam no ar e ao pó retornam da fumaça de meus pensamentos fica em mim a doce lembrança ou a amarga derrota , as correntes que me foram atadas hoje fazem cicatrizes , e o aço a qual foram forjadas, em minha pele tomam espaço e nela fazem morada . Seu comprimento é curto , não deixam espaço , o coração esmagado no peito , com uma mordaça pede socorro ! , mas o pano é do mais puro sofrer , tecido em reclusão , amarrado para não serem expostas as angustias de um coração.

Das coisas que perdi , dos valores que me tiraram , da liberdade leve que hoje pesa em meus ombros , nada dói mais que a sensação de estar distante , distante de um mundo eterno onde tudo era pra sempre , e como sempre , o sempre nos engana . Da rua de pedras soltas , da grama verde onde sentávamos , a varanda gelada , hoje não me resta nada , apenas o nada de restar .Os restos uso como apoio , para esse corpo que perambula só na imensidão da vida , e se afoga no mar das lembranças .

Aquela curva ainda lá está , as vezes passo , penso até em ela não concluir , para ver se o tempo me abre uma brecha e ao fechar dos olhos tudo volte ao normal , ou então que a curva da estrada finalize meu percurso e que meus medos sejam resolvidos , minhas angustias solucionadas , minha dor a mornos panos suavizada , as correntes desatadas.Esperar por outro plano , outra vida , para quem sabe um dia , caminhando por uma rua , com outra chance no olhar , meus sentidos sejam mais uma vez ativados , os passos sejam seguidos , e quem sabe , em uma madrugada fria ao lado de um rio,caminhando com os braços cruzados e cabeça baixa venha você , e dessa vez a coragem seja me dada , pois um novo começo me destinado e a um outro plano eu dirija minhas forças.

Fraco , fraqueza e medo fazem o que sou hoje , aquele olhar já não me faz continuar , porque longe está , não é sempre , mas sei que tudo está bem agora , só que esse ano o verão acabou , a brisa não soprou mais , e tenho tanto a escrever , mas me falta a coragem , fraco sou . Recluso em minha alcova , do mundo que hoje são só sonhos , a distancia vos separa , mas pior é a vida jogada fora , que hoje como disse , creio que em alguma curva acalmará , ainda é tudo tão escuro , a noite e o dia , dias de sol , dias de chuva . Fraco , mas palavras por hora ditas , pequenas e curtas e só por hora a curva ainda terá um final.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Boa Noite Cinderela

Lembro de estar com você , simples assim, estar por estar, e viver um mundo a parte , minha cinderela problemática que tão apaixonado fui. A vida é sempre aquela caixa de surpresas , vidas que passam, vidas que vivem , a nossa nós vivemos , uma vida em dois anos a mil por hora , pé no fundo do acelerador, o motor girando , as vezes falhando mas seguindo um caminho , horas boas outras nem tanto, seu sapato de cristal as vezes apertava, meu sofrer e sangue pra você doava.

A imagem da minha vida , vida que se segue , hoje sem muitos restos , na mente a imagem da mão estendida , a insânidade de uma louca paixão , restos de um tempo que hoje vou vivendo , andando por ruas escuras sem a luz de seu olhar , sem o poder da sua palavra, sem aquela vida.
Infantilidade do meu ser , medo retraído no fundo de meu trêmulo coração , que palpita , e aos trancos segue naquela que pode ser a ultima batida , a ultima força , o ultimo ciclo de meu sangue . o ultimo ar em meu sorriso.

Agora já não tem mais a gente lá , e hoje volto pra lembrar , reviver o que foi passado , sentir uma vibração deixada , pisar por onde seus passos percorreram a algum tempo atrás , nostalgia na alma de quem deixou a vida escapar pelos dedos , as vezes dá até para ouvir seu riso , e em um breve momento sinto seu cheiro no ar , fecho meus olhos e sinto seu calor , suas dimensões ,
lembro do brilho do olhar , que me acalmava e me trazia força para encarar , sento onde um dia abraçados sonhavamos que as pessoas éram boas em um mundo de amor , mas acordo nesse mundo marginal , que me corrompeu e fez você sumir de min.

Em meu peito fiz tua morada , em minha mente conversamos , no meu corpo ficou a marca escrita do que um dia foi real , em seu corpo tambem está a marca do que um dia foi real , o que um dia foi concreto e vigoroso , mas as marcas não menten , em min está escrito e palavras são válidas , palavras ditas e a sangue cravadas que até o fim de meu ultimo respiro teram validade.

Hoje uma lágrima rolou de meus olhos , senti o gosto salgado , lembrei de tantas que já sequei , e pensei en tantas que secarei , lembrei do gosto do chocollate e deixei o sol bater em minha cara , lembrei de seus cabelos , quase pude sentir sua mão , dedos finos e unhas expressívas , parei para pensar , o tempo não vai mais voltar , meu tempo não vai mais voltar , nada me impede de sonhar , mas tudo que passou , ainda que não creias , o amor em min ficou.

Boa Noite Cinderela.